Portinho destacou as repercussões que o aumento do IOF traz, especialmente para a classe média e para os trabalhadores que se encontram em situação de endividamento. Figura emblemática nas discussões sobre política fiscal, ele alertou que cidadãos que dependem de empréstimos consignados e de facilidades como o cheque especial e as faturas parceladas do cartão de crédito sentirão diretamente os efeitos desse aumento. Para esses grupos, o acréscimo na carga tributária pode significar um agravamento das dificuldades financeiras já enfrentadas.
Por outro lado, a perspectiva sobre a decisão de Moraes foi avaliada de forma contrastante pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT), senador Rogério Carvalho, de Sergipe. Ele enfatizou que a decisão do ministro reconhece uma atribuição constitucional do presidente da República, ao permitir que cabe a ele a definição das alíquotas do IOF. Essa defesa sugere um respaldo à autonomia do Executivo em questões fiscais, perspectiva que pode não ser bem recebida por todos os setores da sociedade.
O Plenário do STF deve se manifestar sobre a decisão tomada por Moraes em agosto, e essa nova avaliação pode trazer desdobramentos significativos para a discussão em torno do aumento do IOF. A expectativa é alta, uma vez que as decisões do STF frequentemente influenciam diretamente a política econômica do país. Além disso, a polarização política crescente faz com que essa questão, que envolve a arrecadação tributária e o bem-estar da população, se torne um tema central em debates eleitorais e legislativos futuros.