SENADO FEDERAL –

Senadores Brasileiros Conduzem Missão em Washington para Discutir Tarifas e Relações com EUA e Rússia

Nos dias 28 a 30 de agosto, uma missão oficial do Senado Brasileiro retornou de Washington após intensos três dias de reuniões, com o objetivo de dialogar sobre as ameaças de tarifas de importação de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos. Essas tarifas afetariam produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, e o grupo de senadores buscava alternativas e negociações que pudessem suavizar ou adiar essa imposição.

No encontro, os parlamentares brasileiros se reuniram com congressistas americanas. A comitiva, composta por oito senadores, apresentou as implicações e perdas que essas tarifas trariam não apenas para o Brasil, mas também para os Estados Unidos. Entre os parlamentares ouvidos estavam nomes influentes como Tim Kaine, Ed Markey e Chris Coons, do Partido Democrata, assim como o republicano Thom Tillis.

O senador Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, destacou que a missão não pretendia negociar formalmente, uma vez que essa competência é exclusiva dos Poderes Executivos. No entanto, o senador afirmou que o grupo conseguiu ressaltar a necessidade de um diálogo contínuo, e que os resultados dessas reuniões poderiam fortalecer a relação diplomática entre as duas nações.

Por sua vez, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, comentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou abertura para dialogar com o presidente americano, mas enfatizou a importância do respeito mútuo entre as partes, especialmente em questões relacionadas ao Judiciário.

Entretanto, a missão também abordou a complexa questão das importações brasileiras de petróleo e fertilizantes da Rússia, em meio a um cenário de sanções iminentes. Os senadores relataram que há uma pressão crescente por parte dos Estados Unidos ao Brasil para que reveja suas relações comerciais com a Rússia na atual conjuntura.

A preocupação com a dependência do agronegócio brasileiro em relação aos fertilizantes e a necessidade de uma abordagem estratégica foram ressaltadas por diversos senadores. Tereza Cristina, por exemplo, destacou que esses aspectos sensíveis devem ser bem considerados em quaisquer relatórios e discussões futuras.

Ao final da missão, ficou claro que os senadores brasileiros funcionaram como intermediários, buscando abrir canais para uma diplomacia que, segundo eles, estava desgastada. A expectativa é que, apesar dos desafios, as relações comerciais possam ser revitalizadas e os interesses mútuos assegurados em um futuro próximo.

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