SENADO FEDERAL – Senadores agem para evitar cancelamentos unilaterais de planos de saúde, apresentando projeto de lei para proteger usuários vulneráveis.



Nos últimos meses, tem sido cada vez mais frequente recebermos relatos de usuários de planos de saúde insatisfeitos com cancelamentos repentinos e unilaterais. Essa situação tem gerado preocupação entre os senadores, que buscam garantir que a população tenha acesso contínuo aos serviços de assistência médica. Nesse contexto, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) tomou a iniciativa de elaborar um projeto de lei com o intuito de proibir que as operadoras cancelem os contratos de planos de saúde de forma unilateral, especialmente quando envolvem pessoas idosas ou com deficiência. O PL 2.036/2024 proposto por Contarato visa evitar que os beneficiários desses planos se vejam em situações de insegurança e vulnerabilidade devido a rescisões inesperadas.

Atualmente, a legislação permite que as operadoras de planos de saúde realizem cancelamentos unilaterais, desde que respeitem as cláusulas contratuais informando a decisão com antecedência mínima de 60 dias. Contudo, o senador argumenta que essa brecha na legislação gera incertezas para os beneficiários mais necessitados de cuidados médicos. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já registrou um alto número de reclamações, evidenciando a urgência em debater e encontrar soluções para o problema.

Diante desse cenário, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), presidida por Humberto Costa (PT-PE), reuniu consumidores, representantes de planos de saúde e a ANS para discutir a situação. Em uma audiência pública realizada recentemente, usuários prejudicados pelo cancelamento unilateral de contratos coletivos de planos de saúde defenderam a proibição total desse tipo de rescisão. Por outro lado, os representantes da saúde suplementar alegaram desequilíbrio financeiro e solicitaram medidas que busquem a sustentabilidade do sistema a longo prazo.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também está engajada na busca por soluções, tendo apresentado um requerimento em que pede informações à ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre os contratos de planos de saúde que foram rescindidos unilateralmente em 2024. Damares destaca a violação de direitos fundamentais que essa prática acarreta, incluindo o direito à saúde, à vida e à dignidade da pessoa humana, entre outros.

Diante desse cenário, a pressão da sociedade civil e a atuação dos senadores são fundamentais para garantir a proteção dos beneficiários de planos de saúde no Brasil. A discussão em torno dessa questão delicada permanece em pauta, com o propósito de buscar soluções que garantam o acesso contínuo e justo aos serviços de assistência médica.

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