A senadora salientou que o objetivo primordial da Cascancer é construir uma política nacional voltada ao enfrentamento do câncer, centrada na ciência e na tecnologia. Para ela, essa política deve envolver uma articulação robusta entre os setores público e privado, instituições de fomento, universidades, centros de pesquisa e a indústria, tanto nacional quanto internacional. ”A articulação entre esses diversos atores é essencial para que possamos, de fato, desenvolver soluções que tornem o tratamento do câncer mais equitativo”, defendeu a senadora.
Dra. Eudócia enfatizou a urgência em lidar com a realidade alarmante do câncer no Brasil, que se consolidou como a segunda maior causa de mortalidade no país. Um ponto crucial abordado por ela foi a desigualdade regional que permeia o acesso a tratamentos, especialmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela ilustrou essa questão ao afirmar que pacientes que têm acesso ao setor privado contam com tratamentos como a imunoterapia, enquanto muitos que dependem exclusivamente do SUS permanecem esperando em filas, sem a perspectiva de acesso a essas mesmas terapias.
A senadora fez um apelo direto ao Ministério da Saúde e ao governo federal, pedindo uma atenção redobrada para os casos de câncer que dependem do SUS. “É inaceitável que pessoas que possuem recomendação para o tratamento sejam deixadas à mercê do tempo, aguardando uma dose de imunoterapia que nunca chega. Esse atraso pode custar vidas”, concluiu, reforçando a necessidade de ações imediatas para garantir que todos os pacientes tenham acesso igualitário aos avanços no tratamento do câncer.