Iniciativas de empoderamento feminino foram o foco das reuniões de parlamentares mulheres e representantes das comissões de Relações Exteriores dos países do bloco. A abertura oficial do fórum está programada para esta quarta-feira (4), e a senadora destacou a oportunidade única que o Brics possui para avançar na representação das mulheres em esferas de poder. “Nosso grupo representa mais de 50% da população em muitos países, mas ainda estamos sub-representadas em diversos setores, como no mercado privado e nos órgãos legislativos, executivos e judiciais”, afirmou Dorinha. Para ela, é fundamental que haja uma sensibilização tanto de homens quanto de mulheres para a transformação desse cenário, dado que as decisões ainda são amplamente dominadas por homens.
A senadora fez críticas ao documento final do último encontro do Brics, realizado em 2024, que, segundo ela, menciona as mulheres de forma escassa e de maneira genérica. “O Brasil, como sede do Brics, tem a chance de criar um documento que realmente reflita a força e a importância das mulheres na sociedade”, frisou. Ela enfatizou que a construção de uma verdadeira democracia passa pela valorização real da presença feminina.
Jack Rocha (PT-ES), coordenadora-geral dos Direitos da Mulher na Câmara, também se manifestou, defendendo que as 15 delegações presentes no fórum estão comprometidas com a promoção da equidade de gênero. Com o Brics abrangendo 48% da população mundial e 40% do PIB global, Rocha afirmou: “A democracia só se fortalece com a voz e a participação ativa das mulheres”. A agenda do fórum reflete, assim, a urgência em dar visibilidade e poder às mulheres em uma plataforma internacional, reconhecendo que essa é uma questão de direitos humanos e desenvolvimento social.