A senadora explicou durante seu pronunciamento que a moratória da soja teve início em 2006, como resultado de um acordo entre empresas, organizações não governamentais (ONGs) e o governo. O objetivo era evitar a compra de soja proveniente de fazendas que realizaram desmatamento após o dia 22 de julho de 2008. Essa iniciativa se tornou permanente em 2016, mas tem gerado impactos negativos para os produtores rurais.
Segundo Rosana Martinelli, os produtores que seguem o Código Florestal brasileiro e possuem todas as licenças necessárias para sua atividade estão sendo prejudicados, uma vez que as empresas membros da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) se recusam a comprar suas colheitas. Isso tem gerado prejuízos e colocado em risco a subsistência de muitos agricultores brasileiros.
A senadora também chamou atenção para o fato de que a lista de produtores impedidos de vender soja se estende até mesmo aos familiares, o que demonstra a severidade da situação. Ela criticou a predominância de ONGs internacionais e compradores de soja nas discussões sobre o tema, ressaltando a falta de representatividade dos produtores brasileiros.
O descontentamento de Rosana Martinelli é evidente, especialmente diante da falta de diálogo por parte dos ministérios e da ausência de representantes do governo na audiência. Ela ressaltou a importância da causa e a necessidade de se encontrar soluções para garantir que os produtores brasileiros não sejam prejudicados por uma medida que, apesar de ter o intuito de preservar o meio ambiente, está impactando de forma negativa a economia rural do país.