SENADO FEDERAL – Senador Romário denuncia tentativa de empresas de planos de saúde de retomar rol taxativo de tratamentos, defendendo a lei 14.454.

O senador Romário, do Partido Liberal do Rio de Janeiro, expressou sua opinião durante uma sessão plenária nesta quarta-feira (4) sobre a tentativa das empresas de planos de saúde de retomar o “rol taxativo” de tratamentos. O “rol taxativo” havia sido derrubado pela Lei 14.454, de 2022, mas uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pode restabelecê-lo.

A contestação está sendo feita pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI), contra a Lei 14.454. Segundo Romário, essa ação representa uma tentativa indevida de reverter judicialmente o que foi decidido democraticamente.

O senador fez um apelo aos ministros do STF para que tenham a mesma sensibilidade que o Congresso Nacional demonstrou e confirmem a validade da lei que derrubou o “rol taxativo”. Ele ressaltou que existem milhares de cidadãos que precisam que a lei os proteja em momentos de fragilidade, quando sua vida está em jogo e precisam de tratamento de saúde.

O “rol taxativo” era baseado em uma interpretação da Lei 9.656, de 1998, que regulamenta os planos de saúde. De acordo com essa interpretação, os planos só eram obrigados a financiar tratamentos listados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em 2022, o Congresso aprovou um projeto de lei determinando que essa lista da ANS seria apenas uma referência básica, e que tratamentos fora dela deveriam ser cobertos pelos planos, desde que atendessem a algumas condições. O senador Romário foi relator desse projeto no Senado.

Romário ressaltou que enfrentou muitas pressões durante esse processo, vindas de pessoas que só se preocupam com o lucro e não têm compromisso com a vida e a saúde das pessoas. No entanto, ele destacou que teve o apoio da sociedade brasileira, que sofre quando tem um tratamento negado pelos planos de saúde.

A Lei 14.454, que eliminou o “rol taxativo”, foi sancionada em setembro de 2022. A manifestação de Romário busca trazer visibilidade para essa questão e apoiar a manutenção da lei, defendendo o direito dos cidadãos de receberem os tratamentos que necessitam.

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