Marinho afirmou que, em meio a uma taxa Selic elevada, que atualmente está em 14,75%, o governo brasileiro está criando uma nova fonte de receitas através do Imposto Regulatório. Essa ação contraria um compromisso anterior de zerar o imposto até 2028, o que visava adequar o Brasil às condições financeiras de outras nações. O senador denunciou um aumento de até 300% no custo de alocação de recursos via IOF, classificando essa postura como um golpe à segurança jurídica e um impulso na inflação. Segundo ele, os custos adicionais impostos aos consumidores acabarão sendo repassados aos serviços e produtos importados.
Além de abordar o impacto do IOF, Marinho também acusou o governo de inflar suas receitas no Orçamento de 2024. Para ilustrar sua crítica, ele mencionou a expectativa de arrecadar mais de R$ 50 bilhões a partir do chamado voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), um valor que na prática resultou em pouco mais de R$ 400 milhões. Marinho alertou que essa prática se repetirá no Orçamento de 2025, onde a previsão de arrecadação de R$ 28 bilhões da mesma fonte foi igualmente considerada uma superestimativa, alertando para a falta de coerência nas projeções fiscais.
Com um tom de indignação, o senador argumentou que, ao invés de cortar gastos e reavaliar custos, o governo opta frequentemente por aumentar impostos e taxas, exacerbando a carga tributária sobre os cidadãos. Além disso, Marinho apontou que, na apresentação da Lei Orçamentária para 2025, o governo do PT teria incluído receitas que não existiam, resultando em um Orçamento subestimado e questionável.
Essa postura crítica de Marinho não só destaca sua preocupação com os efeitos do aumento de impostos, mas também acende um debate mais amplo sobre a responsabilidade fiscal e a necessidade de medidas efetivas para assegurar a saúde econômica do país.