Os números da eleição mostraram Evandro Leitão, do PT, sendo eleito com 50,38% dos votos, contra 49,62% obtidos por André Fernandes, do PL. Girão enxergou nessa divisão um sinal de que a população cearense estaria despertando para a necessidade de mudanças no sistema eleitoral, que ele descreveu como “carcomido” e marcado por conchavos políticos que impedem a meritocracia.
Para o senador, a transparência do sistema eleitoral deve ser uma preocupação central. Ele destacou a importância do projeto de lei relatado pelo deputado federal José Medeiros, do PL-MT, que propõe o voto impresso como forma de possibilitar uma auditoria pública dos resultados. Girão argumentou que, mesmo que a contagem dos votos leve mais tempo, a transparência resultante compensaria qualquer atraso.
Além disso, Girão criticou o que chamou de “forte intervenção” dos governos federal e estadual na eleição em Fortaleza, apontando a presença de figuras como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Elmano de Freitas e o ministro da Educação, Camilo Santana, durante o período eleitoral. Para o senador, essa interferência institucional fragiliza o sistema político e revela um “aparelhamento intenso” das instituições brasileiras.
Em seu discurso, Girão também fez referência a caravanas organizadas pelo PT para fortalecer a candidatura na capital cearense, criticando a influência do partido e declarando que a cidade de Fortaleza estaria tomada pelo crime organizado. A necessidade de maior transparência e segurança no sistema eleitoral foi um dos principais pontos levantados pelo senador, que considera essas medidas essenciais para preservar a democracia e a integridade do processo eleitoral.