SENADO FEDERAL – Senador Eduardo Girão defende voto impresso e transparência nas eleições após resultado apertado em Fortaleza.



No dia 30 de junho, o senador Eduardo Girão, do partido Novo-CE, fez um pronunciamento em que defendeu a aprovação, na Câmara dos Deputados, de um projeto que propõe a implementação do voto impresso e da contagem pública dos votos nas eleições. Durante seu discurso, Girão ressaltou a diferença apertada de 0,7% entre os candidatos na última eleição para prefeito de Fortaleza, considerando-a uma das mais disputadas da história da capital cearense.

Os números da eleição mostraram Evandro Leitão, do PT, sendo eleito com 50,38% dos votos, contra 49,62% obtidos por André Fernandes, do PL. Girão enxergou nessa divisão um sinal de que a população cearense estaria despertando para a necessidade de mudanças no sistema eleitoral, que ele descreveu como “carcomido” e marcado por conchavos políticos que impedem a meritocracia.

Para o senador, a transparência do sistema eleitoral deve ser uma preocupação central. Ele destacou a importância do projeto de lei relatado pelo deputado federal José Medeiros, do PL-MT, que propõe o voto impresso como forma de possibilitar uma auditoria pública dos resultados. Girão argumentou que, mesmo que a contagem dos votos leve mais tempo, a transparência resultante compensaria qualquer atraso.

Além disso, Girão criticou o que chamou de “forte intervenção” dos governos federal e estadual na eleição em Fortaleza, apontando a presença de figuras como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Elmano de Freitas e o ministro da Educação, Camilo Santana, durante o período eleitoral. Para o senador, essa interferência institucional fragiliza o sistema político e revela um “aparelhamento intenso” das instituições brasileiras.

Em seu discurso, Girão também fez referência a caravanas organizadas pelo PT para fortalecer a candidatura na capital cearense, criticando a influência do partido e declarando que a cidade de Fortaleza estaria tomada pelo crime organizado. A necessidade de maior transparência e segurança no sistema eleitoral foi um dos principais pontos levantados pelo senador, que considera essas medidas essenciais para preservar a democracia e a integridade do processo eleitoral.

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