Além disso, Girão abordou a questão da Operação Lava Jato, mencionando a ADPF ingressada pelos partidos PSOL, PCdoB e Solidariedade no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os acordos de leniência celebrados no âmbito da operação. Segundo o senador, esses acordos resultaram em R$ 22 bilhões a serem devolvidos aos cofres públicos, e ele criticou a atitude dos partidos de menor expressão política que questionam a validade desses acordos.
Outra crítica feita por Girão foi em relação à decisão do STF que beneficiou Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira Odebrecht e réu confesso na Lava Jato. O ministro Dias Toffoli suspendeu as ações penais em curso contra Marcelo, o que, segundo o senador, contribui para a “desconstrução” e “devastação” da Lava Jato, principalmente a partir de 2019.
O senador ainda mencionou a votação da Lei de Abuso de Autoridade e do Pacote Anticrime, que, segundo ele, foram desfigurados durante o processo legislativo. Girão também criticou a mudança de entendimento do STF sobre a prisão em segunda instância, que, na sua visão, preparou o terreno para a decisão que suspendeu a condenação do ex-presidente Lula.
Em resumo, o pronunciamento do senador Eduardo Girão foi marcado por duras críticas ao governo, aos partidos que questionam os acordos da Lava Jato e ao STF, apontando uma suposta desconstrução da operação e questionando decisões recentes do Judiciário. A atuação de Girão no Senado tem sido pautada por um posicionamento firme e polêmico em relação às questões políticas e jurídicas do país.