No seu discurso, Girão mencionou o caso do ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, Felipe Martins, como exemplo dos abusos que, segundo ele, estão sendo cometidos no âmbito do STF. Martins foi preso em fevereiro na Operação Tempus Veritatis, no Paraná, e o senador denunciou que os advogados do detido estão enfrentando dificuldades para acompanhar o caso.
O parlamentar relatou que, após a prisão de Martins, os advogados tentaram visitar o cliente na Polícia Federal em Curitiba, mas foram informados de que ele havia sido transferido para o Complexo Penal de Pinhais sem qualquer aviso prévio. Girão ressaltou que tal transferência foi realizada sem seguir os procedimentos padrão estabelecidos, o que configura uma irregularidade.
Além disso, o senador expressou sua preocupação com o que ele chamou de “festival de arbitrariedades” no Brasil desde o início do Inquérito das Fake News. Ele apontou o ministro Alexandre de Moraes como responsável por interferir de forma questionável nos processos, desrespeitando o Ministério Público e agindo de forma unilateral.
Girão concluiu sua fala ressaltando o impacto negativo desse cenário no Estado democrático de direito no Brasil e destacou a necessidade de garantir o respeito aos direitos fundamentais dos presos e o devido processo legal. O senador espera que o presidente do Senado intervenha junto ao STF para assegurar o acesso dos parlamentares aos presos políticos e combater eventuais abusos no sistema judicial.