Segundo o senador, a autorização para o funcionamento de cassinos em polos turísticos ou em complexos de lazer poderia trazer problemas relacionados à lavagem de dinheiro, corrupção e dificuldades financeiras para as famílias brasileiras. Ele ressaltou que, ao longo dos últimos 30 anos, o Congresso Nacional tem resistido às pressões do lobby dos jogos de azar, mantendo-se em consonância com a vontade da maioria da população, que é contra a legalização dessas práticas.
Girão argumentou que a liberação dos jogos de azar não contribui para a geração de empregos, renda ou benefícios para o turismo, citando experiências de outros países onde a legalização dessas atividades resultou no aumento da criminalidade e de problemas relacionados à dependência do jogo. Para o senador, a situação já é preocupante e a aprovação desse projeto apenas agravaria a situação, beneficiando apenas alguns poucos em detrimento do sofrimento de milhões de brasileiros.
Diante do momento de calamidade pública causado pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, Girão fez um apelo para que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre, retire o projeto de pauta. Ele enfatizou a importância de se defender leis que melhorem a qualidade de vida da população e de rejeitar iniciativas danosas como a legalização dos jogos de azar, especialmente em um momento tão delicado como o atual.
A decisão sobre o projeto deve ser tomada durante a reunião da CCJ agendada para esta quarta-feira (15), onde se espera que as argumentações apresentadas por Girão e outros parlamentares contrários à proposta sejam levadas em consideração. A discussão sobre a legalização dos jogos de azar segue gerando polêmica e dividindo opiniões no cenário político brasileiro.