Kajuru destacou que muitos têm utilizado registros de violência como pretexto para atacar o governo federal, esquecendo que, de acordo com a Constituição, a segurança pública é de responsabilidade dos estados. Segundo ele, é um equívoco atribuir toda a carga de responsabilidade pela ação das facções criminosas ao Executivo federal.
Um dos alvos dessas críticas é o ministro da Justiça, Flávio Dino, que estaria sendo acusado de não estar preparado para enfrentar a situação. No entanto, Kajuru defendeu Dino, destacando sua reputação de honradez irretocável. Segundo o senador, Dino nunca recebeu sequer uma denúncia quando exerceu os cargos de juiz federal e governador do Maranhão.
Para Kajuru, as críticas ao ministro da Justiça são motivadas por sua gestão da crise dos ataques aos três Poderes em 8 de janeiro, pelo enfrentamento dos garimpeiros ilegais na reserva Yanomami, pelas decisões para conter a violência nas escolas, além de medidas conjuntas com outros estados na área de segurança pública.
O senador também criticou partidos políticos que estão interessados em dividir o Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas, considerando essa separação injustificável. Segundo ele, isso vai contra a tradição política administrativa do país, além de não fazer sentido separar a segurança pública da justiça, já que uma está intrinsecamente ligada à outra.
Kajuru ressaltou a importância de o governo federal ter uma participação ativa no combate à violência e ao crime organizado, dentro dos limites constitucionais, evitando o uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e a colocação de militares para trocar tiros com bandidos, como afirmou o presidente Lula.
Em resumo, o senador Jorge Kajuru argumentou que a crise na segurança pública brasileira tem sido analisada de forma equivocada e covarde contra o governo do presidente Lula. Ele defendeu o ministro da Justiça, Flávio Dino, e criticou a proposta de separar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O senador ressaltou a importância de uma participação ativa do governo federal no combate à violência, dentro dos limites constitucionais.