SENADO FEDERAL – Senador critica projeto que legaliza cassinos e bingos no Brasil, citando impactos negativos que superam vantagens econômicas. Defesa de retirada do texto da pauta.



O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) fez duras críticas ao projeto de lei que está em pauta no Senado Federal e que visa autorizar o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, legalizando também o jogo do bicho e permitindo apostas em corridas de cavalos. Segundo o parlamentar, os efeitos negativos decorrentes da aprovação desse projeto são muito superiores a quaisquer possíveis vantagens econômicas que o país pode vir a obter.

Durante seu pronunciamento nesta quarta-feira (4), Bagattoli alertou para os perigos do vício em jogos de azar, mencionando que desde a regulamentação das apostas online no país, diversos brasileiros têm enfrentado problemas sérios, chegando a se endividar e até mesmo colocar em risco a alimentação de seus filhos buscando um enriquecimento ilusório. O senador destacou que as empresas de apostas, cassinos e bingos não possuem finalidades filantrópicas, visando apenas lucros bilionários à custa do sofrimento financeiro de muitas pessoas.

Um estudo divulgado pelo Banco Itaú também foi mencionado pelo senador, apontando que os brasileiros já pagaram R$ 24,1 bilhões em taxas para casas de apostas online nos últimos 12 meses. Apesar disso, as premiações recebidas pelos apostadores totalizaram apenas R$ 200 milhões no mesmo período, mostrando claramente o desequilíbrio econômico gerado por essa prática.

O parlamentar ainda destacou a associação histórica dos jogos de azar com o crime, tanto no Brasil quanto no exterior, ressaltando as dificuldades de rastreamento do dinheiro movimentado nessas atividades, o que as torna alvos para a lavagem de dinheiro de origem criminosa. Além disso, Bagattoli alertou que a legalização desses estabelecimentos pode contribuir para o crescimento da prostituição e da violência em seus arredores, indo contra os esforços do país para combater esses problemas.

Diante de todos esses argumentos, o senador pediu que o projeto de lei em questão seja retirado da pauta do Plenário ou rejeitado, enfatizando que os danos sociais e econômicos que a legalização dos jogos de azar traria seriam muito maiores do que quaisquer possíveis benefícios financeiros que poderiam ser obtidos.

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