SENADO FEDERAL – Senador critica interferência do STF no Legislativo sobre redes sociais: “Ameaça à democracia”, diz Girão em pronunciamento.



Em um pronunciamento realizado nesta terça-feira (5), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) expressou críticas em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de marcar para o dia 27 de novembro o julgamento de três ações que abordam a responsabilidade dos provedores de internet na remoção de conteúdos com desinformação e disseminação de discurso de ódio sem a necessidade de uma determinação expressa da Justiça. De acordo com o parlamentar, essa medida representa uma interferência do STF no Poder Legislativo, uma vez que estaria legislando sobre as redes sociais.

Girão destacou que o Congresso Nacional já está discutindo esse tema e mencionou o Projeto das Fake News (PL 2.630/2020), que foi aprovado pelo Senado em 2020. O senador, que se posiciona contra essa proposta, ressaltou que o assunto ainda está em análise na Câmara dos Deputados, a qual rejeitou a urgência para a votação do texto.

Além disso, o senador fez referência a uma matéria do site Poder360, que aponta que o conteúdo do projeto em discussão poderá servir de base para a elaboração do voto de um dos relatores do julgamento no STF. Girão também criticou o ministro Flávio Dino, da Suprema Corte, acusando-o de ter feito uma “ameaça” ao Congresso Nacional quando ocupava o cargo de ministro da Justiça.

Durante seu discurso, Girão ressaltou a importância de debater amplamente esse assunto, considerado sério e complexo, com a participação da sociedade em audiências públicas. O senador enfatizou a necessidade de combater a desinformação sem restringir a liberdade de expressão, um dos pilares fundamentais da democracia.

A atuação do STF nesse caso e a relação com a legislação em discussão no Congresso Nacional continuam gerando debates e polêmicas no cenário político brasileiro. A posição de Eduardo Girão reflete a preocupação de parte dos parlamentares em relação à autonomia e competência do Poder Legislativo na construção de leis que regulamentem o uso das redes sociais e garantam a liberdade de expressão dos cidadãos.

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