SENADO FEDERAL – Senador comemora sanção da Lei que aumenta as penas para feminicídio: agora pode chegar a até 40 anos de reclusão.



Na tarde desta segunda-feira (14), o senador Paulo Paim, do Partido dos Trabalhadores (PT) pelo estado do Rio Grande do Sul, fez um pronunciamento no plenário do Senado para celebrar a sanção da Lei 14.994 de 2024. Esta nova legislação traz mudanças significativas no combate ao feminicídio no Brasil, aumentando as penas para até 40 anos de reclusão, com a pena mínima elevada para 30 anos.

Paim ressaltou a importância dessa conquista na luta contra a violência de gênero, enfatizando que a legislação contempla agravantes em casos específicos. A pena poderá ser aumentada em até 50% se a vítima estiver grávida, no pós-parto, for menor de 14 anos ou maior de 60 anos. Além disso, a pena será agravada de um terço até a metade se o criminoso utilizar veneno, tortura, emboscada ou arma de uso restrito. A nova lei ainda impede o criminoso de obter liberdade condicional e estabelece que o réu primário só poderá progredir para o regime semiaberto após cumprir no mínimo 55% da pena.

O senador também chamou a atenção para os dados alarmantes sobre a violência contra as mulheres no Brasil, citando um estudo da Universidade de Londrina, no Paraná, que registrava 1.457 feminicídios e 258.941 casos de violência doméstica em 2023. Paim ressaltou que 63% das vítimas de violência doméstica são mulheres negras.

Além disso, o parlamentar destacou a importância das denúncias como forma de prevenção, enfatizando que a maioria dos casos de feminicídio ocorre no ambiente doméstico, cometidos por parceiros ou ex-parceiros das vítimas. Ele ressaltou a urgência na implementação de políticas públicas para proteger as mulheres, especialmente aquelas que dependem financeiramente de seus agressores.

Diante desse cenário preocupante, Paim reforçou a necessidade de ações efetivas e rápidas para prevenir atos de violência extrema contra as mulheres no país. Em suas palavras, “é fundamental agir, agir rápido, e de forma efetiva para impedir o ato de violência extrema, que é o assassinato, a violação, a tortura das mulheres no nosso país”. A nova lei é um passo importante na direção de garantir a segurança e proteção das mulheres brasileiras.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo