De acordo com o senador, apesar de algumas negociações que resultaram na isenção de parte das tarifas sobre as exportações brasileiras, muitos produtos de alto valor agregado permanecem penalizados. Rodrigues caracterizou a postura dos Estados Unidos em relação ao Brasil como uma visão de “fornecedor periférico”, contrastando-a com a abordagem mais favorável que o país tem adotado nas relações comerciais com a China, com quem mantém diálogo, mesmo em meio a restrições comerciais.
Rodrigues argumenta que Brasil e Estados Unidos possuem uma relação diplomática sólida há mais de dois séculos e que é crucial que o governo americano reconheça o Brasil como um parceiro estratégico. Ele alertou que a maneira como as potências se relacionam com seus recursos na geopolítica influencia profundamente suas relações comerciais, enfatizando que aqueles que não valorizam suas riquezas acabam se tornando vulneráveis a imposições externas.
O senador acredita que a crise também apresenta uma oportunidade para o Brasil, especialmente no que diz respeito à exploração de minerais críticos. Ele lembrou que o país possui reservas significativas de minerais essenciais, como terras-raras, nióbio e lítio, que são fundamentais para tecnologias modernas, mas que ainda não estão sendo explorados em sua totalidade no mercado global.
Rodrigues verteu ainda uma crítica ao que chamou de “potência mineral adormecida” do Brasil e defendeu a necessidade de um novo marco legal para o setor mineral. Este marco deve englobar a proteção ambiental, a segurança jurídica e uma visão de futuro. Para impulsionar essa agenda, ele mencionou seu projeto de lei que visa criar uma Política Nacional de Fomento ao Desenvolvimento Tecnológico da Cadeia Produtiva dos Minerais Componentes dos Elementos Terras-Raras. Este projeto, atualmente sob discussão na Comissão de Meio Ambiente, pode ser um passo significativo rumo ao fortalecimento do setor mineral brasileiro e à sua integração no cenário global.