Os projetos em questão autorizam a venda de medicamentos isentos de prescrição médica em locais fora das farmácias, como supermercados e outros estabelecimentos comerciais. Humberto Costa ressaltou que o Brasil já possui cerca de 93 mil farmácias em praticamente todos os municípios, o que torna injustificável a expansão desse mercado para locais sem o devido controle técnico e orientação profissional.
Segundo o senador, o Brasil registra em média seis intoxicações medicamentosas por hora, o que torna a situação já existente preocupante. Ele enfatizou que a venda de medicamentos em locais como supermercados, sem a presença de um profissional farmacêutico, pode agravar esse cenário, incentivando a automedicação e colocando em risco a saúde dos consumidores.
Além disso, Humberto Costa criticou o argumento de que a venda em supermercados aumentaria o acesso aos medicamentos ou reduziria os preços, classificando essa justificativa como enganosa. Ele apontou que essas propostas ameaçam a sobrevivência de pequenas farmácias, principalmente nas periferias e em cidades do interior, e defendeu a importância de preservar o papel desses estabelecimentos na garantia do cuidado da população.
Diante dessas colocações, fica evidente a preocupação do senador com os potenciais impactos negativos que a aprovação desses projetos de lei poderia trazer para a saúde pública, reforçando a importância de se manter o controle técnico e a orientação profissional na dispensação de medicamentos.