SENADO FEDERAL – Senador alerta para endividamento crescente das famílias e propõe educação financeira obrigatória nas escolas do Brasil para promover a cultura da poupança.



Na última sexta-feira (13), o senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, utilizou o plenário do Senado para destacar uma preocupação crescente: o alto nível de endividamento das famílias brasileiras e a ausência de planejamento financeiro entre a população. De acordo com informações apresentadas por Moura, mais de 77% das famílias no Brasil enfrentam dificuldades financeiras, uma realidade alarmante que demanda atenção e ação efetiva.

Durante sua fala, o senador enfatizou a importância da educação financeira, defendendo que essa disciplina seja incluída no currículo escolar de forma obrigatória. Inspirando-se em exemplos de países como China e Índia, onde a cultura da poupança é ensinada desde a infância, Moura argumentou que é fundamental começar a formação financeira de crianças desde cedo. Ele pontuou que, nesses locais, o aprendizado sobre finanças não se restringe às aulas, mas faz parte do cotidiano e dos valores familiares, tornando-se uma prática natural e respeitada.

“É preciso apresentar a educação financeira como uma política de Estado. Se não for possível incluí-la no currículo regular, que seja oferecida como atividade extracurricular. O importante é que as crianças aprendam a poupar”, afirmou Moura. Além disso, o senador propôs a ampliação da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), uma iniciativa que teve início em 2010 com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a importância da gestão financeira, visando fortalecer o sistema financeiro nacional.

Moura sugeriu ainda incentivos para que famílias de baixa renda consigam poupar. Entre as propostas discutidas, ele mencionou a possibilidade de oferecer rendimentos superiores aos da poupança tradicional, especialmente para aqueles que recebem até cinco salários mínimos, além de rendimentos isentos de Imposto de Renda. “A atual poupança não está sendo atraente para os brasileiros, e muitos desistem de deixar seu dinheiro guardado. Entretanto, ainda é considerada a forma de aplicação mais acessível”, ressaltou.

Diante deste panorama, o senador fez um apelo por uma mudança significativa na abordagem educacional e financeira do país, visando um futuro mais promissor para as próximas gerações.

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