SENADO FEDERAL – Senador alerta para deficiência das concessionárias de energia elétrica após recente apagão em São Paulo.


No último pronunciamento desta terça-feira, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) trouxe à tona um preocupante episódio que atingiu a região metropolitana de São Paulo: um apagão que deixou aproximadamente 4 milhões de domicílios sem energia elétrica. Segundo o senador, as empresas concessionárias de energia elétrica mostraram-se incapazes de lidar com os fenômenos climáticos atípicos que desencadearam a interrupção do fornecimento de energia.

De acordo com Kajuru, o temporal da última sexta-feira, que teve ventos de até 100km/h, teve impactos que perduraram por quatro dias. Além disso, ele ressaltou a ineficácia das concessionárias de serviço público em restabelecer a normalidade com a urgência e eficiência necessárias. O apagão afetou diversas classes sociais e regiões da cidade, expondo a vulnerabilidade da infraestrutura energética.

O senador destacou a importância de apurar as responsabilidades pelo ocorrido e exigiu uma postura mais rigorosa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para prevenir ocorrências similares no futuro. Além disso, Kajuru questionou os modelos de privatização de empresas estatais e os mecanismos de fiscalização pós-desestatização. Segundo ele, é imprescindível garantir que as empresas privatizadas mantenham o conhecimento técnico necessário para solucionar problemas desta natureza.

Um ponto de destaque levantado pelo senador foi o caso da Enel, que adquiriu a Eletropaulo em 2018, reduzindo drasticamente o número de empregados próprios. Em contrapartida, o número de terceirizados aumentou significativamente. Especialistas em energia apontam que essa perda de memória técnica da empresa pode comprometer a sua capacidade de resolver problemas, fato corroborado pelo baixo posicionamento da Enel São Paulo no ranking de continuidade do serviço de distribuição organizado pela Aneel.

O tempo médio de atendimento de emergência da empresa, que era de 8 horas e meia no ano passado, aumentou para mais de 12 horas em 2023, evidenciando o declínio na qualidade do serviço prestado. Diante desse cenário, Kajuru alerta para a urgência de medidas que visem resguardar a população de situações similares no futuro.

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