SENADO FEDERAL – Senado Pode Votar Regulamentação dos Cigarros Eletrônicos e Profissão de Cuidador na Próxima Semana



A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) está prestes a retomar a discussão sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil. O Projeto de Lei 5.008/2023, que visa estabelecer normas para a produção, comercialização, fiscalização e propaganda desses dispositivos, pode finalmente ser votado na reunião agendada para terça-feira (20) às 10 horas. Além da regulamentação dos cigarros eletrônicos, a pauta da CAE inclui outros três itens, prometendo um debate intenso entre os parlamentares.

De autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), o projeto foi apresentado em 2023 e já passou por diversos adiamentos. O último ocorreu em 9 de julho, quando um requerimento do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) resultou no adiamento da votação para 20 de agosto. Recentemente, na terça-feira (13), parlamentares e especialistas participaram de uma sessão temática no Senado para debater os impactos dos cigarros eletrônicos, reforçando a importância do tema.

A regulamentação dos cigarros eletrônicos tem como um de seus principais argumentos a arrecadação anual de tributos, estimada em R$ 2,2 bilhões. Contudo, há uma forte oposição ao texto. Senadores contrários ao projeto destacam os potenciais impactos negativos sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), a necessidade crescente de cuidados pelas famílias e a possível redução na produtividade econômica. Essas divergências foram aprofundadas durante uma audiência pública em maio.

O texto define claramente os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que incluem cigarros eletrônicos e produtos similares, estabelecendo diversas exigências para sua comercialização. Na atual legislação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem a responsabilidade de regulamentar produtos fumígenos e, desde 2009, a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos são proibidas. No entanto, há um mercado ilegal de significativa escala.

O relator do projeto, senador Eduardo Gomes (PL-TO), expressou seu apoio ao texto, ainda que com algumas alterações. Ele não está sozinho nessa empreitada, já que outros senadores como Eduardo Girão (Novo-CE) e Zenaide Maia (PSD-RN) também contribuíram com votos em separado, mas acabaram retirando suas propostas após o adiamento da votação.

Outro projeto de grande relevância na pauta da CAE é o Projeto de Lei 5.178/2020, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que visa regulamentar a profissão de cuidador de pessoas. O texto define o cuidador como o profissional responsável por auxiliar e dar assistência a indivíduos que demandem acompanhamento permanente ou parcial, tanto em residências quanto em instituições de acolhimento.

O projeto lista uma série de responsabilidades para esses profissionais, incluindo rotinas de higiene pessoal, administração de medicamentos prescritos, e auxílio em atividades sociais. Exige-se, também, que os cuidadores possuam pelo menos ensino fundamental completo e um curso de formação com carga horária mínima de 160 horas. Caso a lei seja aprovada, os profissionais já em atividade por pelo menos dois anos estarão dispensados da exigência do curso.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) apresentou um relatório favorável ao projeto, indicando uma boa possibilidade de aprovação na próxima sessão.

Dessa forma, a CAE se prepara para um encontro que promete ser decisivo, abordando temas extremamente relevantes que impactam diretamente a sociedade brasileira.

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