Durante a cerimônia de instalação, Amin destacou as vastas potencialidades do território marítimo brasileiro, subestimadas ao longo dos anos. Ele lembrou que o Brasil possui uma costa de mais de 7.400 km, e que, considerando as 200 milhas de mar territorial e outras áreas com interesse econômico, o país detém um verdadeiro continente aquático. “Essa imensidão oferece muitas oportunidades que ainda precisam ser exploradas”, afirmou.
Outra voz atuante na cerimônia, o senador Fernando Dueire (MDB-PE), lembrou a importância da “Amazônia Azul”, a vasta área marítima sob domínio do Brasil, que abrange cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados. Ele ressaltou que a chamada economia azul já representa 7% do PIB nacional e responde por 5% dos empregos formais do país, movimentando cerca de R$ 2 trilhões anualmente, envolvendo setores como pesca, exploração de petróleo e gás, transporte marítimo e, naturalmente, o turismo.
O almirante de esquadra Arthur Bettega, representante da Marinha do Brasil, apontou que a criação da frente é um marco fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Em suas palavras, “a economia do mar é um vetor essencial para o desenvolvimento nacional”, reforçando a ideia de que o futuro do país está intrinsecamente ligado a suas riquezas marítimas.
Leandro Ferrari, presidente da Associação Náutica Brasileira, interpretou a formação da frente como um reconhecimento histórico do setor, que, segundo ele, não pode mais ser visto como um simples luxo. O setor náutico é responsável pela geração de mais de 400 mil empregos diretos e indiretos apenas em Santa Catarina, e por interconectar diversas cadeias econômicas, impactando áreas que vão da hotelaria à gastronomia.
Dessa forma, a instalação da Frente Parlamentar da Economia do Mar não apenas marca um novo capítulo na política nacional, mas também sinaliza uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento sustentável para o Brasil, aproveitando o potencial inexplorado de suas águas.
