SENADO FEDERAL – Senado conclui votação de projeto sobre emendas parlamentares, que segue para a Câmara dos Deputados em nova versão.

O Senado concluiu nesta segunda-feira (18) a votação do projeto que regulamenta o pagamento de emendas parlamentares. O texto-base já havia sido aprovado na quarta-feira (13) e retorna à Câmara dos Deputados na forma de um texto alternativo do relator, senador Angelo Coronel (PSB-BA).

As emendas parlamentares são uma maneira dos parlamentares decidirem o destino de parte dos recursos públicos. Podem ser individuais ou colegiadas, apresentadas de forma coletiva pelas comissões temáticas permanentes ou pelas bancadas estaduais.

O projeto busca resolver o impasse sobre o pagamento das emendas individuais impositivas, que somam R$ 8 bilhões em 2024. A liberação dessas emendas está suspensa por determinação do ministro do STF Flávio Dino, que exige regras sobre rastreabilidade, transparência, controle social e impedimento.

Durante a votação, senadores rejeitaram a possibilidade de bloqueio dos recursos das emendas por parte do Executivo em caso de necessidade de ajuste das contas públicas. A medida original foi retirada, mantendo apenas o contingenciamento, ou seja, o corte temporário de verbas parlamentares em caso de queda nas receitas.

Outro destaque da sessão foi a retirada da obrigatoriedade de destinar no mínimo 50% das emendas de comissão para ações e serviços de saúde. Senadores aprovaram por unanimidade uma subemenda do relator que restabelece o texto original do projeto sobre o limite de crescimento das emendas parlamentares.

Em 2025, o valor total das emendas de bancada não poderá ultrapassar 1% da receita corrente líquida do ano anterior, enquanto as individuais não poderão superar 2%. A partir de 2026, as emendas impositivas serão aumentadas com base nas regras do arcabouço fiscal.

A votação foi marcada por discussões sobre a autonomia do Congresso e a necessidade de evitar distorções no Orçamento. O relator destacou a importância da colaboração entre os Poderes para garantir uma atuação eficaz e equilibrada no processo legislativo orçamentário.

Assim, o Senado contribuiu para garantir a estabilidade das contas públicas e o desenvolvimento de políticas públicas alinhadas com os interesses da sociedade. A votação reforça a harmonia institucional e a cooperação entre os Poderes.

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