SENADO FEDERAL – Senado aprova projeto que garante nomeação de aprovados com deficiência em concursos públicos federais mesmo sem candidatos na ampla concorrência.



Na manhã desta quarta-feira (4), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou um projeto de lei que tem por objetivo garantir a nomeação de candidatos aprovados em concursos públicos federais dentro das cotas para pessoas com deficiência (PCD), mesmo que não haja aprovados na ampla concorrência. O texto, de autoria do senador Romário (PL-RJ), agora seguirá para votação final na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Segundo Romário, a administração pública tem muitas vezes desrespeitado a obrigação de chamar pessoas com deficiência que representem pelo menos 20% dos aprovados, quando não há candidatos aprovados na ampla concorrência. A relatora do projeto, senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), se mostrou favorável à proposta, destacando a importância de garantir a nomeação dos candidatos PCDs independentemente da existência de aprovados não PCDs.

Durante a reunião, o senador Flávio Arns (PSB-PR) leu o documento e ressaltou que condicionar a nomeação de PCDs à existência de aprovados não PCDs é um entendimento equivocado e ilegal. Ele ainda destacou os benefícios que a desvinculação da lista de PCDs aprovados trará ao longo do período de validade do concurso público, possibilitando a convocação de novos candidatos caso surjam novas vagas.

Além disso, o projeto de lei propõe alterações no Estatuto do Servidor Público Federal, abrangendo candidatos a cargos civis da União. Uma emenda foi incluída no relatório para especificar que as PCDs concorrerão simultaneamente como cotistas e na ampla concorrência, seguindo uma prática semelhante à adotada para cotistas negros na Lei de Cotas Raciais para Concursos.

Outro ponto abordado no projeto diz respeito à nomeação de candidatos aprovados tanto nas cotas para PCDs quanto na ampla concorrência. Caso um candidato seja nomeado inicialmente devido à sua classificação na ampla concorrência, sua vaga na lista de PCDs será destinada a outro candidato PCD, evitando assim possíveis duplicidades de nomeação.

A proposta tem o intuito de garantir a igualdade de oportunidades para os candidatos PCDs em concursos públicos federais, assegurando que sejam devidamente representados e convocados, independentemente do número de aprovados na ampla concorrência. Agora, cabe à Comissão de Constituição e Justiça avaliar e deliberar sobre a matéria para que, caso aprovada, possa seguir para apreciação no plenário do Senado.

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