SENADO FEDERAL – Senado aprova projeto que garante direito a mulheres grávidas que perdem bebês de ficarem em ambiente separado em hospitais do SUS.



Na última quarta-feira (30), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou um projeto de lei que visa garantir às mulheres grávidas que perdem seus bebês o direito de permanecer em um ambiente separado das outras mães durante a internação hospitalar. Essa medida, que deve ser observada pelos estabelecimentos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), tem como objetivo proporcionar um apoio psicológico adequado à mulher nesse momento delicado, além de garantir informações sobre a causa do óbito do bebê.

O PL 597/2024, de autoria da senadora Augusta Brito (PT-CE), recebeu um substitutivo no relatório da senadora Leila Barros (PDT-DF), que ressaltou a importância da medida não apenas para a saúde física, mas também para a saúde mental da mulher e de sua família. Segundo Barros, a perda de um filho é sempre traumática e exige solidariedade e apoio para que a mãe e sua família possam lidar com o luto.

Essa iniciativa é mais um passo importante na garantia do direito das mulheres que enfrentam a perda de um bebê durante a gestação. Ao incluir o direito da mulher de receber informações sobre a causa do óbito, especialmente em relação a fatores que possam influenciar gestações futuras, o projeto busca oferecer um suporte mais completo e humanizado nesse momento tão sensível.

Além disso, o projeto também prevê a simplificação do registro do óbito, uma medida que visa facilitar os trâmites burocráticos para as famílias que enfrentam essa situação dolorosa. Essas ações demonstram a preocupação e sensibilidade dos legisladores em relação às mulheres que passam por momentos de grande sofrimento e necessitam de apoio integral.

Essa é a terceira iniciativa aprovada na CDH neste semestre que aborda o direito à assistência psicológica às mulheres que enfrentam a perda gestacional, mostrando um avanço na legislação em favor da saúde mental e do bem-estar das mulheres em situações de vulnerabilidade emocional. Agora o projeto segue para decisão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em um importante passo rumo à garantia de direitos fundamentais para as mulheres no contexto da saúde pública.

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