SENADO FEDERAL – Senado aprova projeto de Inventário Nacional de Substâncias Químicas para controle de risco ambiental e de saúde. Próxima etapa: Comissão de Assuntos Sociais.



A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (11), o Projeto de Lei (PL) 6120/2019 que estabelece o Inventário Nacional de Substâncias Químicas. O objetivo da proposta é avaliar e controlar o risco das substâncias químicas utilizadas no território nacional, visando minimizar os impactos negativos à saúde e ao meio ambiente.

O texto, que veio da Câmara dos Deputados, recebeu parecer favorável do relator Beto Faro (PT-PA) na CMA, que já havia expressado a mesma posição na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT). Na ausência do relator titular, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi designado relator ad hoc e apresentou o relatório de Faro, que propôs a criação do Comitê Técnico de Avaliação de Substâncias Químicas e do Comitê Deliberativo de Substâncias Químicas.

Contarato destacou a importância da regulação e da criação do inventário diante dos impactos que a indústria química pode causar à saúde e ao meio ambiente. Ele ressaltou a necessidade de proteger a população brasileira e promover o cuidado adequado com as substâncias químicas em todos os processos produtivos e usos diversos.

O projeto estabelece critérios e prazos para inclusão de substâncias no cadastro, atribui responsabilidades e obrigações a fabricantes, importadores e utilizadores dessas substâncias em âmbito profissional, além de determinar as sanções em caso de infrações. Dentre as mudanças propostas, estão a obrigatoriedade de prestação de informações ao inventário, com multas que podem variar de 5% do valor de um salário mínimo a 40 mil salários mínimos.

Além disso, o projeto prevê a criação da Taxa de Cadastro, Avaliação e Fiscalização de Substâncias Químicas, a ser paga por produtores e importadores para cadastro, avaliação de risco ou proteção de sigilo sobre a identidade da substância química.

Por outro lado, o relator rejeitou uma emenda que excluía da lei preparações e substâncias destinadas à saúde classificadas como dispositivos médicos. Contarato argumentou que a emenda poderia reduzir o escopo do projeto e permitir a exclusão de substâncias prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

A proposta agora segue para análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde novas discussões e ajustes poderão ser feitos antes da votação em plenário. A expectativa é que o projeto contribua para melhorar o controle e a segurança no uso de substâncias químicas no Brasil, protegendo tanto a população quanto o meio ambiente.

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