SENADO FEDERAL – Senado aprova PEC do corte de gastos para economia de R$ 70 bilhões em dois anos, com mudanças no PIS/Pasep e Fundeb.



O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (19) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do corte de gastos, em dois turnos. A PEC 54/2024 traz medidas para diminuir as despesas obrigatórias do governo, como a redução gradativa do grupo que pode receber o abono do PIS/Pasep e as limitações aos supersalários. Além disso, foram aprovadas alterações na destinação dos recursos do Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). A expectativa do governo é economizar cerca de R$ 70 bilhões em dois anos com essas medidas.

A PEC foi aprovada com 53 votos a favor e 21 contrários no primeiro turno, e por 55 votos a 18 no segundo turno. O texto, relatado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), foi aprovado com a supressão de um trecho acrescentado pela Câmara dos Deputados, que permitia o uso de recursos do Fundeb para a compra de merenda escolar.

A proposta havia sido votada anteriormente pelos deputados federais. O texto enviado pelo governo (PEC 45/2024) foi incorporado ao de outra proposta que tratava de regras tributárias, apenas para acelerar a tramitação, sem necessidade de passar pela análise da admissibilidade. A aprovação do texto faz parte do esforço do governo em controlar o crescimento de despesas obrigatórias para deixar espaço para as despesas discricionárias.

Uma das principais mudanças da PEC é no abono salarial do Programa PIS/Pasep, que será corrigido apenas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a partir de 2026, sem incorporar os ganhos reais do salário mínimo. O texto também restringe a destinação dos recursos do Fundeb para o fomento de matrículas em tempo integral, limitando a 10% em 2025 e posteriormente a 4%.

A Desvinculação das Receitas da União (DRU) também foi prorrogada até 2032, permitindo ao governo federal utilizar 20% de tributos federais vinculados por lei a fundos ou despesas. A DRU não atingirá o Fundo Social do Pré-Sal e determinadas receitas da exploração do petróleo destinadas à educação pública e saúde.

A proposta também possibilita ao Executivo federal reduzir despesas com subsídios, subvenções e benefícios financeiros, além de dispor sobre condições e limites para concessão de incentivos fiscais por meio de lei complementar.

Essas medidas têm como objetivo principal controlar os gastos públicos e promover o equilíbrio fiscal, impactando positivamente a inflação e a renda dos cidadãos. A PEC agora seguirá para promulgação pelo Congresso Nacional, refletindo a busca por eficiência e responsabilidade na administração dos recursos públicos.

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