SENADO FEDERAL – Senado aprova criação de cadastro de obras públicas para ampliar transparência na execução de recursos federais. Medida segue para decisão na Comissão de Fiscalização.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (17) a criação de um cadastro on-line de obras públicas custeadas com recursos federais, com o objetivo de aumentar a transparência na execução orçamentária da União. O projeto, de autoria do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), recebeu voto favorável do relator, senador Izalci Lucas (PL-DF), na forma de um substitutivo, e agora seguirá para decisão final na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC).

De acordo com o texto aprovado, o cadastro deverá conter informações detalhadas sobre cada obra ou serviço, como identificação, responsáveis, georreferenciamento, imagens, descrição, valor estimado, datas de início e término da execução física e financeira. Exceções poderão ser feitas em casos de emergência ou segurança nacional.

A proposta determina que o cadastro seja disponibilizado na internet, com ferramentas de pesquisa e exportação, acessível e com consulta pública irrestrita. Estados e municípios também poderão aderir ao cadastro, mediante autorização da União.

A responsabilidade pela atualização das informações no cadastro será da unidade responsável pela programação orçamentária da obra, com a possibilidade de rescisão do repasse em caso de descumprimento. O prazo para a entrada em vigor do cadastro é de 360 dias após a publicação da lei.

Na justificativa do projeto, o senador Rodrigo Cunha ressaltou a falta de informações sobre obras públicas identificada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o que tem resultando em diversas obras inacabadas financiadas com recursos federais. Ele destacou a importância do cadastro unificado para proporcionar acesso transparente às informações, desde os gestores públicos até os cidadãos.

Para o relator Izalci Lucas, a criação do cadastro é essencial para garantir a transparência na execução de obras públicas. Ele ressaltou que a determinação legal é fundamental para impedir retrocessos e assegurar que a sociedade possa acompanhar de forma clara e precisa o uso de recursos públicos em obras em andamento.

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