SENADO FEDERAL – Secas e Inundações Matam 1.400 em 8 Estados; Senado Debate Soluções Urgentes



Desde 2011, eventos climáticos extremos como secas e inundações têm causado devastação significativa em várias regiões do Brasil, resultando em mais de 1.400 mortes, sendo mais de 500 apenas nos últimos dois anos. Os estados de Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul, Alagoas, Bahia, Maranhão e Santa Catarina estão entre os mais afetados.

Para discutir as causas dessa alta incidência de eventos climáticos e as políticas públicas necessárias para enfrentá-los, a Comissão de Meio Ambiente (CMA) se reunirá em uma audiência pública nesta quarta-feira (7), a partir das 9h. Essa iniciativa foi proposta pela senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da comissão, através do requerimento REQ 71/2023-CMA. Barros argumenta que o Brasil não está adequadamente preparado para enfrentar esses fenômenos, seja por parte dos governos ou da sociedade em geral.

Segundo a senadora, as ações geralmente ocorrem de maneira reativa e emergencial, após os desastres já terem causado danos significativos. “Com temporais, ciclones e chuvas intensas desencadeando desastres, fica cada vez mais evidente que o clima está mudando e, assim, desafiando a capacidade das políticas públicas para prevenir e gerir os riscos de inundação, sobretudo em função da alta vulnerabilidade de pessoas e atividades produtivas relacionadas à ocupação desordenada do território e às agressões ao meio ambiente,” afirmou Barros.

Ela também destacou que áreas próximas a rios, suas margens, são as mais vulneráveis a esses desastres. A parlamentar acredita que o Brasil tem condições de reverter essa situação por meio de uma aplicação mais eficaz da Política Nacional de Recursos Hídricos, que foca na prevenção e defesa contra eventos hidrológicos críticos, sejam eles de origem natural ou resultantes do uso inadequado dos recursos naturais.

A senadora enfatizou a necessidade de uma atuação integrada de todas as instituições envolvidas na gestão das águas, nos três níveis de governo. A legislação vigente já prevê uma gestão ambiental eficiente e um planejamento municipal adequado para o uso e a ocupação do solo. Embora reconheça avanços pontuais na gestão de risco de desastres, como monitoramento, sistemas de alerta e segurança de barragens, Barros ressalta que essas melhorias ainda são insuficientes para enfrentar os desafios atuais e futuros decorrentes das mudanças climáticas.

A audiência pública promete ser um fórum robusto para discussão e está aguardando a confirmação de representantes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDIR), da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), além de especialistas de universidades e do setor público e privado.

O evento será interativo, permitindo que cidadãos enviem perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado ou pelo Portal e-Cidadania, que poderão ser lidos e respondidos ao vivo pelos senadores e demais debatedores. Participantes também poderão obter uma declaração de participação, útil como atividade complementar em cursos universitários.

Essa audiência é uma oportunidade crucial para a sociedade brasileira refletir e agir sobre um problema que, infelizmente, vem mostrando apenas sinais de agravamento nos últimos anos.

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