A meliponicultura é a prática de criar abelhas nativas sem ferrão, uma atividade que se distingue da apicultura, a qual envolve espécies de abelhas com ferrão, como a Apis mellifera. A tradição da meliponicultura em Santa Rosa de Lima data dos anos 1990, com significativo impulso em 1999 graças aos esforços do técnico Jean Carlos Locatelli. Atualmente, o município orgulha-se de abrigar mais de 25 mil colônias matrizes de 31 espécies diferentes de abelhas, incluindo a espécie Guaraipo. Este número expressivo não apenas preserva a biodiversidade local, como também gera sustento para cerca de 100 famílias da região.
A proposta da lei que concedeu o título ao município originou-se na Câmara dos Deputados e, subsequentemente, foi aprovada no Senado pela Comissão de Agricultura (CRA) sem a necessidade de emendas. A relatora do projeto, senadora Ivete da Silveira (MDB-SC), destacou o papel de destaque de Santa Rosa de Lima no contexto da meliponicultura no Brasil. Segundo ela, a topografia acidentada do município serve como um fator favorável para a prática, integrando de maneira eficaz esta atividade à economia local.
A senadora Ivete da Silveira também sublinhou a importância da meliponicultura na vida comunitária de Santa Rosa de Lima, mencionando a integração social e educacional que ela promove. “A cidade está comprometida com a educação ambiental e a conservação de espécies, evidenciado pela presença de criadouros urbanos e projetos implantados em escolas e unidades de saúde”, disse Ivete.
Santa Rosa de Lima, assim, não apenas lidera no manejo sustentável das abelhas sem ferrão, mas também serve como um modelo de como a meliponicultura pode estar solidamente integrada às estruturas sociais e econômicas de um município.