O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), autor do projeto de lei, destacou a importância do debate, que ganhou relevância ao unir as comunidades judaica e muçulmana em defesa da paz. Ele afirmou que, mesmo sendo um evento pequeno, a discussão se tornou significativa diante do conflito no Oriente Médio.
Durante o debate, representantes das comunidades judaica e muçulmana expressaram a importância da convivência harmoniosa e da luta pelo fim da guerra. Luiz Kignel, da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), ressaltou o simbolismo de um único projeto de lei contemplar datas importantes para ambas as comunidades, enviando uma poderosa mensagem de unidade.
Mustafa Goktepe, presidente do Instituto pelo Diálogo Intercultural, salientou a necessidade de respeito e convivência em todas as partes do mundo, enquanto Attila Kus, secretário-Geral do Centro Islâmico e de Diálogo Inter-religioso e Intercultural, enfatizou que o projeto poderia ajudar a combater o antissemitismo e a islamofobia.
O Sheikh Mohamed Al Bukai, Imam da Mesquita Brasil, destacou que o projeto proporciona uma sensação de pertencimento para ambas as comunidades, tornando-se ainda mais relevante diante do conflito no Oriente Médio. O Rabino David Weitman, da Sinagoga Beit Yaacov da Congregação e Beneficência Sefaradi Paulista, afirmou que educar as futuras gerações de fé pode contribuir para a construção de uma geração de paz.
O projeto de lei busca incluir no Calendário Oficial da República Federativa do Brasil o Rosh Hashaná, o Yom Kipur e o Eid al-Fitr, para serem comemorados anualmente nas datas definidas pelos calendários judaico e islâmico. A proposta é uma resposta ao crescimento das comunidades judaica e muçulmana no Brasil, refletindo a importância da contribuição de ambas no processo civilizatório nacional.
O relator do projeto, senador Carlos Portinho (PL-RJ), foi sugerido a incluir mais uma data comemorativa do calendário islâmico. A relevância do debate vai além das questões religiosas, estendendo-se à luta pela paz e pela harmonia entre as diferentes comunidades. A união de judeus e muçulmanos em defesa da paz diante do conflito no Oriente Médio demonstra um movimento inclusivo e solidário, refletindo um exemplo de respeito e convivência entre as religiões no Brasil.