SENADO FEDERAL – Proposta de emenda à Constituição quer dar ao Congresso poder para sustar atos normativos do Judiciário e conselhos, afirma senador.

Uma proposta de emenda constitucional (PEC) tem gerado debates e discussões no Congresso Nacional. A PEC 2/2024, de autoria do senador Marcos Rogério (PL-RO), propõe conferir ao Legislativo a competência para sustar atos normativos do Poder Judiciário e de conselhos que ultrapassem suas atribuições ou interfiram nas funções dos demais poderes e instituições da República.

Segundo Marcos Rogério, a Constituição de 1988 estabelece claramente a competência do Congresso Nacional para conter os excessos do Poder Executivo, mas não menciona a possibilidade de controle dos atos do Judiciário. O senador destaca a necessidade de limitar o que ele chama de “indevido ativismo do STF”, citando decisões que, na sua visão, extrapolam os limites legais e criam normas com efeito de lei.

Para embasar sua proposta, Marcos Rogério menciona exemplos internacionais, como Canadá, Reino Unido e Nova Zelândia, que já possuem mecanismos semelhantes de controle. Ele argumenta que a PEC poderia contribuir para aprimorar a distribuição de competências no Brasil e corrigir distorções decorrentes do ativismo judicial observado nos últimos anos.

A proposta aguarda a indicação de um relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para dar continuidade ao processo de tramitação. Caso seja aprovada, a PEC representaria uma alteração significativa no sistema de freios e contrapesos entre os poderes, conferindo ao Legislativo um papel mais ativo na fiscalização dos atos do Judiciário.

Diante da relevância do tema e da complexidade das questões envolvidas, é esperado que a proposta seja alvo de intensos debates e análises por parte dos parlamentares, sociedade civil e especialistas. A discussão sobre os limites do poder judiciário e a necessidade de mecanismos eficazes de controle certamente continuarão sendo pauta central no cenário político nacional.

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