Uma das principais inovações da proposta é a introdução de modalidades simplificadas de licenciamento, como a Licença por Adesão e Compromisso. Essa alternativa permite que os empreendedores se autocertifiquem, afirmando estar em conformidade com as exigências ambientais por meio de uma declaração própria. Essa mudança visa desburocratizar e acelerar o processo, oferecendo mais agilidade para o setor produtivo, que clama por maior segurança jurídica nos trâmites relacionados à concessão de licenças.
Entretanto, a aprovação da proposta não se deu sem controvérsias. Ambientais e defensores dos direitos de comunidades tradicionais expressaram preocupações sobre os potenciais riscos à conservação de biomas e à proteção de povos que dependem destes ecossistemas. A alteração nas regras pode facilitar o avanço de empreendimentos que coloquem em risco a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental, gerando um dilema entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.
Para os setores produtivos, contudo, as novas diretrizes representam uma oportunidade de fomentar a economia, diminuir a morosidade do licenciamento e aumentar a competitividade. A expectativa é que, com um processo mais eficiente, haja um fortalecimento das atividades econômicas, gerando empregos e promovendo o crescimento em diversas áreas.
Assim, o debate em torno da nova Lei de Licenciamento Ambiental reflete uma tensão intrínseca na sociedade brasileira: a necessidade de desenvolvimento econômico e a responsabilidade pela preservação do meio ambiente. À medida que a proposta aguarda a sanção do presidente, continua a contagem do tempo para ver como as mudanças implementadas impactarão tanto o desenvolvimento econômico quanto a proteção dos nossos ecossistemas. A luta entre interesses socioeconômicos e a conservação ambiental segue em destaque neste importante momento da legislação brasileira.