Originária da Ásia, a Kappaphycus é cultivada no Brasil desde a década de 1990, porém, de forma limitada e com aplicações restritas. Atualmente, sua exploração é autorizada em estados como Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, de acordo com o Ibama.
Durante o debate, pesquisadores apresentaram estudos sobre o potencial da alga, que vai desde a produção de bioestimulantes, como alternativa aos agrotóxicos, até a fabricação de cosméticos e medicamentos. O senador Jorge Seif, que liderou a audiência, se comprometeu a buscar emendas para financiar as pesquisas e fomentar o crescimento da produção no país.
De acordo com especialistas, a Kappaphycus é rica em potássio, um elemento essencial na fertilização do solo. Atualmente, o Brasil importa 97% do cloreto de potássio que utiliza na agricultura, o que torna a produção da alga uma alternativa promissora para reduzir essa dependência histórica.
Além disso, a alga apresenta diversos potenciais, sendo utilizada na indústria farmacêutica, alimentícia, na produção de biocombustíveis, entre outros. Sua facilidade de cultivo e rápido crescimento podem contribuir significativamente para a produção agrícola nacional, conforme apontam os participantes da audiência.
O impacto da Kappaphycus vai além do aspecto comercial, podendo também trazer benefícios ambientais, como melhoria da qualidade da água, absorção de CO2, fixação de carbono e reconstrução de ambientes marinhos. Diante disso, há um apoio crescente para a ampliação da área produtiva da alga, visando não somente o desenvolvimento econômico, mas também a preservação do meio ambiente.
Portanto, a produção da alga Kappaphycus alvarezzi surge como uma oportunidade promissora para o Brasil reduzir sua dependência na importação de fertilizantes e explorar novas possibilidades nos setores agrícola e industrial, alinhando-se com as necessidades do mercado nacional e os desafios ambientais globais.