Durante o discurso, Lula manifestou solidariedade às vítimas do terremoto no Marrocos e das enchentes na Líbia e no Rio Grande do Sul, chamando atenção para as mudanças climáticas que ocasionam destruição em larga escala. O presidente destacou que os países ricos cresceram baseados em um modelo com alta taxa de emissão de gases danosos ao clima e que é necessário rever essa questão. Nesse sentido, o Brasil tem credibilidade para defender mudanças nesse modelo, uma vez que 87% de sua energia elétrica provém de fontes limpas e renováveis, além de investir em energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel. O país também tem potencial para o uso de hidrogênio verde.
Outro ponto importante abordado por Lula foi a redução do desmatamento na Amazônia brasileira, que já atingiu a marca de 48% em apenas oito meses de governo. O presidente também lembrou que a promessa dos países ricos de destinar US$ 100 bilhões de dólares por ano aos países em desenvolvimento ainda não foi cumprida.
Além disso, o parlamentar ressaltou que Lula defendeu a necessidade de mudanças no Conselho de Segurança da ONU, a fim de torná-lo mais inclusivo e representativo. O discurso histórico do presidente brasileiro foi encerrado com uma mensagem impactante, na qual Lula enfatizou que o mundo precisa de mais indignação com a fome, a pobreza, a guerra e o desrespeito ao ser humano. Ele ressaltou a importância da ONU cumprir seu papel de construir um mundo mais justo, solidário e fraterno, e isso só será possível se os membros tiverem coragem de proclamar sua indignação com a desigualdade e trabalhar incansavelmente para superá-la.
Portanto, o discurso de Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da Assembleia Geral da ONU foi bastante impactante, abordando questões relevantes como as mudanças climáticas, o desmatamento na Amazônia, a desigualdade social e a necessidade de reformas na ONU. O presidente brasileiro defendeu a importância de uma atuação mais forte e efetiva da organização na promoção de um mundo mais justo e solidário.
