O público mais afetado por esse problema são os adolescentes entre 15 e 19 anos, representando 85% dos casos registrados. Esses números trazem à tona a necessidade urgente de implementar medidas efetivas para a prevenção e combate a esse grave problema de saúde pública.
Durante a audiência na CAS, Antonio Geraldo da Silva, representante da Associação Brasileira de Psiquiatria, destacou que, embora a lei que institui a política já tenha sido aprovada, sua implementação ainda não ocorreu de fato. Isso levanta questionamentos sobre a efetividade das políticas públicas que têm sido adotadas nesse sentido.
Ainda de acordo com Silva, é fundamental que as ações de prevenção sejam baseadas em evidências científicas, para que sejam eficientes e tragam resultados concretos. Ele ressalta a importância de investir em capacitação dos profissionais de saúde, bem como em campanhas de conscientização e combate ao estigma relacionado à saúde mental.
Além disso, é necessário fortalecer as redes de apoio existentes, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), e ampliar o acesso aos serviços de saúde mental, garantindo que o atendimento seja de qualidade e esteja disponível para todos que necessitam.
A criação de uma política nacional para prevenção da automutilação e do suicídio demonstra o reconhecimento do poder público sobre a gravidade desse problema e a busca por soluções efetivas. No entanto, é preciso agir com celeridade na implementação das medidas previstas, a fim de evitar mais mortes e garantir uma assistência adequada às pessoas que precisam de apoio nesse sentido.
É fundamental que o poder público, em conjunto com a sociedade civil, se engaje nessa luta, promovendo debates, campanhas e investindo recursos para a efetivação das políticas de prevenção. Somente assim poderemos reduzir os alarmantes números de automutilação e suicídio entre os jovens e garantir-lhes um futuro saudável e promissor.