Esses números, apresentados pela analista Milene Tomoike do Observatório da Mulher contra a Violência, evidenciam a estreita relação entre a vulnerabilidade econômica e a exposição contínua ao abuso. A falta de recursos financeiros acaba por aprisionar muitas mulheres em relacionamentos abusivos, tornando-as ainda mais vulneráveis a todo tipo de violência.
A pesquisa aponta para a urgente necessidade de políticas públicas que garantam a autonomia econômica das mulheres negras, permitindo que possam romper os ciclos de violência e buscar ajuda sem depender financeiramente do agressor. Além disso, ressalta a importância de um olhar mais atento da sociedade e das autoridades para o problema da violência doméstica, especialmente quando se trata de mulheres negras em situação de vulnerabilidade.
É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para combater a violência contra a mulher negra, garantindo que todas tenham acesso a apoio, proteção e oportunidades para reconstruir suas vidas longe do ciclo de abusos. A violência de gênero, em especial quando combinada com a vulnerabilidade econômica, é um problema grave que não pode mais ser ignorado.
Portanto, é essencial que o poder público, as instituições e toda a sociedade se unam para enfrentar essa realidade e buscar soluções efetivas para proteger e empoderar as mulheres negras, garantindo que tenham o direito de viver livres de violência e de opressão.