O senador alertou que a falta de controle nos gastos pode gerar desconfiança nos investidores internacionais, levando à retirada de capitais e pressionando a cotação do dólar, o que, por sua vez, ampliaria a inflação. Ele fez uma comparação com a situação financeira do governo de Dilma Rousseff e enfatizou que o presidente atual, Jair Bolsonaro, poderia enfrentar uma crise semelhante se medidas eficazes de contenção de despesas não forem adotadas.
Guimarães destacou que atualmente o Brasil já acumula uma dívida de R$ 7,8 trilhões, com juros correspondentes a cerca de R$ 800 bilhões por ano. O senador ressaltou a importância de o governo divulgar um pacote de corte de gastos que seja crível para o mercado e para a população em geral, garantindo assim um caminho rumo à estabilização da dívida e ao superávit fiscal.
Além disso, o senador defendeu a necessidade de os Poderes Legislativo e Judiciário assumirem responsabilidades no esforço de contenção de despesas. Ele propôs o fim das emendas parlamentares, que representam um custo anual de aproximadamente R$ 48 bilhões, sugerindo que os parlamentares concentrem seus esforços em solucionar as grandes questões nacionais, priorizando o interesse coletivo.
Em suas palavras, Guimarães lamentou o desvio de função por parte dos parlamentares brasileiros, ressaltando que estes deveriam estar mais focados em discutir e resolver questões de grande impacto nacional, como reformas administrativas, do Judiciário e tributárias, ao invés de direcionarem seus esforços para conquistar recursos para seus estados visando a reeleição.
Diante desse cenário preocupante, o pronunciamento do senador Oriovisto Guimarães ressalta a urgência de medidas eficazes para conter os gastos públicos e garantir a estabilidade econômica do país. É fundamental que o governo federal e os poderes legislativo e judiciário atuem de forma conjunta e responsável para evitar que o Brasil enfrente um cenário de crise financeira semelhante ao vivenciado anteriormente.