Essas exonerações, que ocorreram em um curto período de tempo, chamaram a atenção do senador Irajá, especialmente por terem acontecido após os fatos desencadeados pela operação da Polícia Federal. Segundo ele, servidores importantes e estratégicos na gestão do governador Wanderlei Barbosa pediram para deixar seus cargos. Além disso, outras exonerações estão sendo realizadas de forma rápida e sem justificativa aparente, incluindo cargos variados dentro do governo estadual.
O senador questionou se essa súbita debandada de servidores indica uma crise na gestão ou se representa o início do desmoronamento do suposto “castelo da corrupção” instalado no estado de Tocantins. Além disso, ele também mencionou a antecipação do pagamento dos salários dos servidores como um possível “movimento estratégico” do Executivo local para desviar a atenção da população em relação à operação da PF.
Outro ponto abordado por Irajá foi o fato de que dados da gestão do governo estadual ficaram indisponíveis logo após a operação da Polícia Federal. A Agência de Tecnologia da Informação do Tocantins alegou uma suposta inconsistência no servidor da plataforma, o que afetou o acesso a informações e serviços de 13 órgãos e secretarias, incluindo a Secretaria de Ação Social, que está sob investigação.
Para o senador, é difícil atribuir toda essa situação a um simples problema técnico, sugerindo que o governo estadual está tentando ocultar informações importantes da sociedade e impedir o controle social e a fiscalização. Ele não titubeou em afirmar que o governador Wanderlei Barbosa lidera uma suposta máfia marcada por diversos escândalos de corrupção há quase três anos à frente da gestão do governo de Tocantins. A situação permanece em constante evolução e análise por parte das autoridades e da população local.