SENADO FEDERAL – Novembro Roxo: Senadoras Defendem Avanços e Desafios no Combate à Prematuridade em Audiência no Senado

Na primeira celebração oficial do Novembro Roxo, destinado à conscientização sobre o parto prematuro, especialistas se reuniram na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado para discutir os desafios enfrentados por crianças prematuras e suas famílias. O evento, presidido pela senadora Dra. Eudócia, trouxe à tona a necessidade urgente de políticas públicas mais robustas, mesmo com os avanços já conquistados. A parlamentar destacou que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15 milhões de crianças nascem prematuras todos os anos, o que torna essa condição a principal causa de mortalidade infantil global.

A senadora enfatizou a importância de uma colaboração efetiva entre o Ministério da Saúde e os gestores municipais e estaduais, afirmando que com ações conjuntas é possível fazer uma diferença significativa na vida dessas crianças. Durante a audiência, a senadora Damares Alves reforçou o comprometimento do Senado com a causa, mencionando a recente sanção da Lei 15.222, que amplia a licença-maternidade em casos de internação prolongada após o parto. Ela também declarou seu apoio a uma proposta que busca tornar obrigatória a presença de médicos pediatras em todas as Unidades Básicas de Saúde, mesmo reconhecendo que isso pode acarreta custos adicionais, considerando ainda assim, um investimento crucial.

Representando a ONG Prematuridade.com, Suellen Sátiro compartilhou sua experiência como mãe de crianças prematuras, descrevendo a dor do afastamento dos filhos após o parto. Sua metáfora sobre o sonho de uma gravidez ideal e o “vazio gigante” que a prematuridade pode causar ressoou com o público presente. Denise Suguitani, também da Prematuridade.com, enfatizou a necessidade de uma mobilização maior da sociedade em torno desse tema, que ela categoriza como uma “epidemia silenciosa”.

O evento contou ainda com intervenções de especialistas como Sonia Isoyama Venâncio, do Ministério da Saúde, que destacou ações em andamento para combater a mortalidade infantil, e Lilian Sadeck, da Sociedade Brasileira de Pediatria, que fez um apelo pela capacitação dos profissionais de saúde em sala de parto. Marta David Rocha, neonatologista, apontou o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde como um desafio adicional, ressaltando que muitos estados brasileiros ainda enfrentam a escassez de leitos neonatais.

A celebração do Novembro Roxo, portanto, não apenas marca um mês de reflexão, mas também serve como um chamado à ação para a sociedade civil e instituições, para que o tema da prematuridade ganhe a visibilidade e o apoio que verdadeiramente necessita.

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