Até janeiro deste ano, o Brasil registrou 38,3 milhões de casos da covid-19. Apesar da redução no número de casos em comparação com o auge da pandemia em 2020 e 2021, o país ainda notifica significativos 769 novos óbitos nas primeiras quatro semanas de 2022. Mesmo com pouco mais de 2,5% da população mundial, o Brasil contabiliza mais de 10% das vítimas fatais da doença.
O Memorial é fruto da Resolução do Senado Federal 26, de 2021, originada a partir do PRS 46/2021, apresentado pelo relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros. A matéria foi relatada pelo senador Omar Aziz, que presidiu a CPI. Após seis meses de investigações, a CPI recomendou o indiciamento de 78 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e duas empresas.
Os arquitetos responsáveis pela concepção da obra, composta por 27 prismas de mármore branco simbolizando os estados e o Distrito Federal, destacaram a importância do Monumento em meio a um período delicado na história. Eles buscaram criar um espaço solene que proporcionasse reflexão e servisse como um memorial em honra e respeito às vítimas. O objetivo das estruturas e iluminação é simbolizar velas em honra dos mortos pela covid-19.
Além de defender a memória das vítimas, associações de defensores de direitos humanos, lideranças sociais e políticas, assistentes sociais, médicos e profissionais da saúde buscam garantir visibilidade para as famílias das vítimas, que muitas vezes são esquecidas. Estima-se que haja pelo menos 130 mil crianças e adolescentes que perderam um ou ambos os pais para a covid-19.
O Memorial é um lembrete do impacto devastador da covid-19 no Brasil e busca manter viva a memória da maior tragédia humanitária da história do país. É um local de honra, respeito e reflexão, localizado em uma área nobre do Senado Federal.
