No que se refere ao acesso a crédito, a política voltada ao jovem do campo vai estimular a criação de linhas de crédito específicas por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso, serão instrumentalizados os agentes financeiros do Sistema Nacional de Crédito Rural. Além disso, a PNEEJC também vai incentivar a adesão dos jovens a cooperativas agropecuárias específicas.
A nova lei também prevê a criação de polos tecnológicos e a formação de redes de jovens empreendedores para influenciar as políticas públicas voltadas aos jovens do campo. Isso será feito através de parcerias com universidades, institutos federais, escolas técnicas e serviços sociais. Além disso, a política vai incentivar investimentos em tecnologias apropriadas à agricultura familiar e na difusão de resultados por órgãos integrantes do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). O estímulo à inclusão digital entre jovens do campo também está previsto, assim como a formação continuada de agentes de assistência técnica e extensão rural (Ater) com foco na difusão de tecnologias.
No âmbito da educação empreendedora, a nova lei prevê o ensino de empreendedorismo em escolas rurais, técnicas e universidades, visando a formação de jovens empreendedores para o agronegócio. Além disso, a lei determina o apoio às Escolas Família Agrícola (EFAs), às Casas Familiares Rurais (CFRs) e às organizações que usem a pedagogia da alternância, método que promove a interação entre o estudante que vive no campo e sua realidade cotidiana. A oferta de cursos no âmbito do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) também é incentivada, assim como a conclusão da educação básica dentro das diretrizes das Escolas do Campo.
Em relação à capacitação técnica, a nova lei prevê o conhecimento prático para a condução da produção, comercialização e gestão econômico-financeira do empreendimento rural. Os conhecimentos técnicos relacionados à atividade-fim do empreendimento rural devem ser priorizados, como noções de funcionamento do mercado, noções de economia, planejamento da empresa agropecuária, noções de gestão financeira, tributária e de recursos humanos, sustentabilidade ambiental, e fundamentos estéticos, científicos e sociais. A capacitação técnica também deve abranger atividades agroextrativistas, florestais, artesanais e de agroturismo, pesca e aquicultura, com foco na Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) como instrumento preferencial.
Com a implementação dessa lei, espera-se que o empreendedorismo rural entre os jovens do campo seja estimulado, promovendo o desenvolvimento econômico e social nessas regiões, além de garantir o fortalecimento da agricultura familiar e a sustentabilidade agropecuária.