De acordo com Kajuru, o Brasil teve uma participação decisiva nessa cúpula e alcançou um de seus principais objetivos. Os países membros expressaram, no documento final, apoio à reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) para torná-la mais democrática, representativa, efetiva e eficiente. Além disso, defenderam a ampliação do Conselho de Segurança da ONU, de modo a incluir representantes dos países em desenvolvimento.
“O fato é que o Brics se fortalece. Além dos seis novos integrantes, outros 17 países formalmente manifestaram interesse em fazer parte desse grupo, o que indica que ele tende a se expandir no futuro próximo. Para o Brasil, isso representa um enorme desafio diplomático: integrar um bloco liderado pela China sem se deixar influenciar pela retórica antiocidental e sem estimular os conflitos Norte-Sul. É um privilégio”, ressaltou o senador Kajuru.
Durante a cúpula, o grupo também discutiu a adoção de moedas nacionais para a realização de transações comerciais entre os membros do Brics, bem como o financiamento de projetos em países africanos. Essas medidas buscam fortalecer as relações econômicas entre os países do bloco e promover um desenvolvimento sustentável em diferentes regiões.
Com a expansão e a maior influência do Brics, o Brasil terá que lidar com os desafios diplomáticos decorrentes de ser membro de um grupo liderado pela China. O país precisará encontrar um equilíbrio entre seus interesses e os objetivos do bloco, sem prejudicar suas relações com o Ocidente.
A participação do Brasil nessa cúpula foi essencial para o fortalecimento do Brics, bem como para a defesa de suas reinvindicações, como a reforma da ONU. Agora, é preciso acompanhar atentamente os desdobramentos dessas discussões e as ações que serão implementadas pelos países membros do Brics. O futuro desse bloco está em constante evolução, e o Brasil tem a chance de desempenhar um papel relevante nesse contexto global.