A apreciação da moeda brasileira, se mantida estável juntamente com outros fatores que influenciam a inflação, poderá atenuar parte das pressões sobre os preços ao consumidor e favorecer a convergência da inflação para a meta estabelecida. No entanto, caso ocorra uma desvalorização cambial em um contexto de maior incerteza tanto global quanto doméstica, o Banco Central poderá adotar medidas mais rigorosas para conter o avanço das expectativas inflacionárias, o que terá um impacto negativo sobre a atividade econômica.
Em relação ao resultado primário para o ano de 2025, a projeção da IFI aponta um déficit de R$ 71 bilhões, equivalente a 0,56% do PIB, dentro do limite da meta fiscal estabelecida. Nesse cenário, não seria necessário adotar contingenciamentos, mas seria preciso bloquear R$ 18,6 bilhões e “empoçar” R$ 15,7 bilhões.
O relatório também destaca que a execução fora do Orçamento de R$ 12,5 bilhões provenientes do programa Pé-de-Meia e de R$ 8 bilhões do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais ou Financeiro-Fiscais (FCBF), decorrente da reforma tributária, contribuirá para o cumprimento da meta fiscal determinada.
Além disso, o documento apresenta estimativas relacionadas às despesas primárias do governo federal para 2025, à situação da dívida pública e aos títulos pós-fixados do Tesouro. As informações contidas no relatório são fundamentais para orientar as políticas econômicas e fiscais do país visando o equilíbrio e o desenvolvimento sustentável da economia nacional.