Durante o depoimento, Heleno foi apresentado com fotos de algumas reuniões realizadas durante o governo anterior. Parlamentares e a senadora alegaram que as imagens comprovavam a presença de Cid nas reuniões estratégicas. No entanto, o ex-ministro afirmou que as fotos eram referentes ao ano de 2019, antes da posse do atual presidente Jair Bolsonaro.
Essa troca de acusações evidencia a tensão entre o ex-ministro e os integrantes da CPMI. A relatora Eliziane Gama declarou que a presença de Cid nas reuniões poderia ser uma prova do envolvimento do governo com os atos de 8 de janeiro, que culminaram com a invasão do Capitólio nos Estados Unidos.
O depoimento de Heleno também levantou questionamentos sobre a transparência do governo Bolsonaro e da gestão do GSI. A oposição alega que o ex-ajudante de ordens tinha acesso privilegiado às informações estratégicas do governo. Essa suspeita ganhou força após a divulgação de um áudio em que Cid afirmava ter um “banco de dados” com informações sensíveis.
Durante seu depoimento, o general Heleno reforçou a tese de que Cid não participava das reuniões estratégicas do governo. Ele destacou que o ex-ajudante de ordens tinha funções mais administrativas e não estava envolvido nas decisões políticas. Heleno ressaltou que o GSI é responsável pela segurança do presidente e pela proteção das informações estratégicas do governo.
Apesar da negativa do ex-ministro, as acusações e a apresentação das fotos continuam levantando suspeitas sobre a participação de Cid nas reuniões estratégicas. A atuação da CPMI busca esclarecer os fatos e investigar se houve irregularidades por parte do governo.
A partir do depoimento de Heleno, surge uma nova frente de investigação na CPMI. Os parlamentares irão analisar as informações apresentadas pelo ex-ministro e confrontá-las com outras provas e depoimentos. A transparência e a veracidade dos fatos serão fundamentais para a conclusão dos trabalhos da comissão.