Durante o seu testemunho, o general foi categórico ao afirmar que sua atuação tinha como objetivo evitar um confronto que poderia resultar em violência e, até mesmo, mortes. Ele negou veementemente ter dado ordens para adulterar quaisquer relatórios da Agência Brasileira de Inteligência.
A CPMI foi criada justamente para investigar os fatos relacionados ao episódio ocorrido no 8 de Janeiro, onde manifestantes contrários ao governo se envolveram em um confronto violento com a polícia. O inquérito que apura o caso já ouviu diversos depoimentos, incluindo o de policiais militares, autoridades do Palácio do Planalto e agora o do ex-ministro. O objetivo principal da comissão é esclarecer as circunstâncias da invasão ao Palácio e determinar as responsabilidades pelos atos de violência ocorridos.
O depoimento do general Gonçalves Dias trouxe mais detalhes sobre a sua atuação naquele dia. Ele destacou a preocupação em proteger o gabinete presidencial e a tentativa de conduzir os manifestantes para uma área onde pudessem ser detidos sem que ocorressem confrontos violentos. O general também fez questão de ressaltar sua ausência de armas e que seu intuito era evitar conflitos que colocassem em risco a vida das pessoas envolvidas.
A partir desses depoimentos, a CPMI irá analisar as provas e indícios colhidos para traçar um quadro completo dos acontecimentos. Ainda há muitas perguntas a serem respondidas e várias etapas da investigação a serem concluídas. No entanto, o testemunho do general foi um importante passo para entendermos a dinâmica daquele dia e as medidas adotadas por autoridades para conter a situação. Acompanharemos os desdobramentos desse caso, aguardando o resultado final das investigações.