SENADO FEDERAL – Especialistas cobram formulação de políticas públicas para enfrentar mudanças climáticas e defendem protagonismo das populações mais afetadas.

Audiência pública discute os impactos da exploração econômica dos biomas no agravamento dos eventos climáticos. Especialistas em meio ambiente cobram políticas públicas mais eficientes e protagonismo das populações mais atingidas em seus direitos fundamentais.

A representante do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam Amazônia), Ane Alencar, apresentou dados sobre a vulnerabilidade do bioma amazônico à ação humana, especialmente por incêndios induzidos. Alencar ressalta que a situação de estiagem favorece as queimadas, provocando impactos significativos na qualidade do ar, na saúde das pessoas, e na escassez de recursos básicos como água e alimentos.

A prefeita de Jandaíra (RN), Marina Dias Marinho, destaca os benefícios econômicos e sociais da geração eólica na Caatinga, mas manifestou preocupação com a falta de atenção aos impactos negativos da expansão dessa atividade. Marinho ressalta a concentração alarmante de aerogeradores por habitantes e os impactos sociais decorrentes da atividade energética.

Gabriel Mantelli, representante da Conectas Direitos Humanos, ressalta a importância de abordar a crise climática com protagonismo das populações negra, indígena e de povos e comunidades tradicionais. Mantelli enfatiza a necessidade de conferir mais protagonismo a essas populações historicamente marginalizadas.

Juliana Miranda, da Secretaria Executiva do Observatório dos Conflitos Socioambientais do Matopiba, associa a expansão da fronteira agrícola no Cerrado ao aumento do desmatamento, concentração fundiária e violações de direitos humanos. Miranda aponta as violações e conflitos gerados pela expansão dessa fronteira agrícola, que impactam o direito à saúde, à educação e à segurança alimentar de comunidades tradicionais.

Fernando Aristimunho, coordenador-executivo do Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, destaca a necessidade de reconhecimento e políticas afirmativas em favor de comunidades tradicionais, historicamente prejudicadas pelos eventos climáticos extremos e pela expansão da fronteira agrícola.

Marcos Reis Rosa, do Instituto MapBiomas, menciona os riscos da expansão urbana sobre a mata Atlântica e destaca a importância de preservar o que resta do bioma. O presidente da CDH, senador Paulo Paim, se diz animado com as propostas apresentadas e destaca a importância do diálogo para construção coletiva.

A audiência pública proporcionou um debate abrangente sobre os impactos da exploração dos biomas, destacando a necessidade de políticas públicas mais eficientes e maior participação das populações mais afetadas nos processos de tomada de decisão.

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