A importância do legado de Dorina Nowill foi destacada pela autora da proposta, senadora Mara Gabrilli que pontuou a dedicação e o heroísmo de Dorina em prol da inclusão social e da acessibilidade. Já Leila Barros lembrou que a educadora é homenageada até os dias atuais pelos avanços que seu ativismo trouxe para a educação, acessibilidade e inclusão social.
Nascida em São Paulo, em 28 de maio de 1919, Dorina perdeu a visão aos 17 anos, vítima de uma doença não diagnosticada. Mesmo com as limitações do ensino da época, ela foi a primeira estudante cega a frequentar um curso regular no país. Em 1946, ela se especializou em educação para cegos nos Estados Unidos e deu início à sua Fundação, que foi responsável pela produção de milhares de livros adaptados, audiolivros e títulos digitais.
Dorina também atuou internacionalmente, discursando na Assembleia Geral das Nações Unidas em 1981, abordando a transferência de tecnologia de países desenvolvidos para territórios em desenvolvimento e defendendo a criação da Década da Pessoa com Deficiência.
No campo da educação, ela desenvolveu um método de ensino para crianças cegas, obteve aprovação do Departamento de Educação de São Paulo e foi responsável pela implementação do 1º Curso de Especialização de Educação de Cegos na América Latina. Além disso, ela liderou a Campanha Nacional de Educação de Cegos do Ministério da Educação (MEC) e lutou pela inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Dorina também ocupou o cargo de presidente do Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos, hoje conhecido como União Mundial de Cegos, e recebeu diversos prêmios e medalhas ao longo de mais de seis décadas de trabalho na Fundação Dorina.
A contribuição de Dorina Nowill para a inclusão e a acessibilidade foi extremamente relevante e, por isso, sua homenagem no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um reconhecimento mais do que merecido por toda a sua dedicação e luta em prol das pessoas com deficiência.