SENADO FEDERAL – Deslocados por calamidades climáticas: necessidade urgente de políticas específicas debatida em audiência no Rio Grande do Sul.



Na tarde desta segunda-feira (1), a Comissão do Rio Grande do Sul realizou uma audiência pública para discutir a situação das populações deslocadas por calamidades climáticas no estado. O encontro teve como destaque o debate sobre o deslocamento em massa decorrente das fortes chuvas que atingiram a região em maio, resultando em mais de 95% dos municípios gaúchos afetados, 179 mortos e 33 desaparecidos.

O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente do colegiado, enfatizou a vulnerabilidade dos brasileiros diante das mudanças climáticas e defendeu a urgência na implementação de políticas públicas para atender os deslocados internos, que perderam suas casas e empregos devido às intempéries. Paim ressaltou a importância de garantir proteção, assistência e reintegração para essas pessoas durante o processo de deslocamento.

Como consequência das inundações, o estado enfrentou uma grave crise humanitária, com inúmeros problemas como estradas e pontes destruídas, cidades submersas e mais de 478 municípios atingidos. A Defesa Civil estima que cerca de 538 mil pessoas foram deslocadas internamente devido às enchentes desde maio.

O senador Ireneu Orth (PP-RS) destacou a necessidade de medidas preventivas para evitar novos desastres naturais, como o represamento de águas e o fim da construção de moradias próximas a rios. Além disso, enfatizou a importância da liberação de recursos para auxiliar na recuperação das áreas afetadas e na assistência às pessoas desalojadas.

A representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur Brasil), Silvia Sander, ressaltou a urgência de ações multissetoriais para lidar com os deslocamentos internos e destacou a importância de planejamentos de contingência para enfrentar situações semelhantes no futuro.

A audiência da Comissão do Rio Grande do Sul evidenciou a necessidade de apoio urgente e efetivo às populações deslocadas por calamidades climáticas, além de ressaltar a importância da prevenção de novos desastres e da recuperação das áreas afetadas. A união de esforços entre os governos municipais, estadual e federal, juntamente com a sociedade civil e organismos internacionais, se mostra essencial para garantir o amparo necessário a essas comunidades vulneráveis.

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