Durante sua participação na CPI, Daniel Cola destacou a importância de alterar as penas para os três crimes previstos na Lei Geral do Esporte: pedir ou aceitar vantagem financeira para alterar resultado de competição esportiva, dar ou prometer essa vantagem e fraudar resultados. Atualmente, esses crimes têm pena de reclusão de 2 a 6 anos, mas o delegado sugeriu que o Poder Legislativo amplie essas penas para torná-las mais rigorosas.
Outra sugestão relevante apresentada pelo delegado foi a inclusão da possibilidade de suspensão de atletas envolvidos em manipulação de jogos, medida que já existe no âmbito desportivo. A argumentação de Cola se baseia no impacto que uma suspensão para um atleta pode ter em sua carreira, tornando essa penalidade mais eficaz do que uma eventual condenação criminal.
Além disso, o delegado ressaltou as dificuldades enfrentadas pela Polícia Federal na investigação desses crimes, especialmente devido à grande quantidade de campeonatos de futebol no Brasil, que envolvem diferentes divisões e competições. As organizações criminosas que manipulam jogos costumam migrar rapidamente de um estado para outro, dificultando o trabalho de investigação.
Por fim, Daniel Cola afirmou que a Polícia Federal tem capacidade para atuar contra as empresas ilegais de apostas esportivas e destacou a parceria com a empresa SportRadar, especializada em integridade do meio desportivo. O delegado também abordou a questão da possível legalização de cassinos, bingos e jogo do bicho no Brasil, manifestando sua opinião pessoal contrária a essa medida devido aos riscos de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Diante das propostas e informações apresentadas pelo delegado Daniel Cola, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas segue com seus trabalhos em busca de aprimorar a legislação e combater efetivamente essa prática criminosa que ameaça a integridade do esporte no país.